Investimentos Inteligentes - Comprando Ações e Câmbio


Investimentos Inteligentes - Comprando Ações e Câmbio

Larissa já tinha Títulos Públicos e Fundo Imobiliário. Agora ela ampliará sua carteira de investimentos comprando ações e investindo em moeda estrangeira. Vamos ver o que aconteceu com seus investimentos nos últimos 2 meses?

Os objetivos do artigo são:

  • Motivar o leitor a iniciar, IMEDIATAMENTE, a investir em outros produtos financeiros que não a Caderneta de Poupança;
  • Demonstrar que investir pode ser mais fácil do que, inicialmente, aparenta;
  • Elaborar uma metodologia modelo para ser utilizada junto com a estratégia de Alocação de Ativos;
  • Mostrar, na prática, através de uma Carteira de Investimentos Virtual, o funcionamento da estratégia Alocação de Ativos.

ATENÇÃO


O artigo a seguir foi escrito para fins meramente educacionais. As informações, dados e operações apresentadas, apesar de basearem-se em cotações reais, tratam-se de mera simulação. Em nenhuma hipótese tratam-se recomendação de investimento. Decisões de investimento baseadas nas informações apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de quem assim o fizer, não sendo o autor responsável pelas consequências destas decisões.






Recordando...


Desde dezembro/2013, Larissa vem investindo parte de seus rendimentos com o objetivo de formar uma poupança para a aposentadoria. A carteira de Larissa encerrou assim o mês de março/2014:

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Apesar da rentabilidade negativa no mês (-0,9%), Larissa ainda tinha uma rentabilidade positiva na Carteira (+1,0%).


Abril/2014


No dia 01/04, Larissa recebeu seu salário, logicamente, reservou R$ 271,20 para seus investimentos. A esse valor ela o resgate de R$ 272,41 do Fundo DI (Valor líquido. Representou um lucro líquido de R$ 1,21 ou 0,44% em 28 dias). Após fazer um DOC transferindo o toal de R$ 543,61 para sua corretora tinha um capital disponível para investimento de R$ 591,88.

No dia 02/04 Larissa precisava escolher em que empresa investir. Ela não tinha conhecimento nem tempo para analisar todas as possibilidades. Como a estratégia de investimento que utilizaria era a alocação de ativos e seus investimentos eram para o longuíssimo prazo, definiu sua estratégia específica para investimentos em ações:

1) Escolher um índice de referência: existem, na BMF&BOVESPA, diversos índices de que podem ser acompanhados como referência pelo investidor. O mais famoso é o Ibovespa. Mas Larissa resolveu escolher outro, o MLCX (MidLarge Cap). O MLCX é um índice que contém as maiores empresas, em valor de mercado, negociadas na BMF&BOVESPA. Dessa forma, ela estaria diminuindo seus riscos ao investir nas maiores empresas do Brasil.

2) Definir a quantidade de ativos: para garantir uma boa diversificação, Larissa decidiu que teria em sua carteira até 10 ações.

3) Definir que ativos comporiam a carteira: os ativos seriam escolhidos em ordem crescente de peso no índice. Contudo, ela faria alguns filtros: i) não manteria ações de diferentes classes de um mesmo grupo empresarial (ex.: PETR3 e PETR4; ITUB4 e ITSA4); ii) não manteria ações de um mesmo setor econômico (ex.: ITUB4 e BBDC4). Caso a próxima ação a ser comprada não atendesse a um desses critérios, ela passaria para a próxima.

4) Definir a quantidade de cada ativo: estava ciente de que no início isso não faria sentido. Mas à medida que crecesse o volume de recursos investidos em ações ela buscaria manter uma certa paridade entre o peso das ações no MLCX e em sua carteira.

Definida sua estratégia em ações, ela foi até o site da BMF&BOVESPA e verificou que com 9,45% de participação no MLCX, a maior entre todos os ativos que o compõe, ITUB4 seria sua primeira ação.

Enviou então uma Ordem de Compra a Mercado (ordem em que a compra é executada imediatamente pelo melhor preço do momento) e o resultado foi o seguinte:

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No dia 30/04, foi pago o valor de R$ 0,67 por cota do TBOF11 a títulos de rendimentos, totalizando um crédito de R$ 6,03. Ao final do mês, assim se apresentava a Carteira de Larissa:

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A rentabilidade do mês foi excepcional +3,0%, ficando, então, a Carteira com uma rentabilidade positiva de +3,6%.


Maio/2014


No dia 02/05 ela recebeu seu salário e complemento da PLR. Com isso, tinha disponível para investimento R$ 580,27 (R$ 37,87 na conta da corretora e R$ 542,40 como novo aporte).

Agora, chegou a hora de Larissa aplicar seus recursos no câmbio com outras moedas. Nesse quesito, três serão os ativos alvo: Dólar, Euro e Ouro.

Para investir em moeda estrangeira, seria suficiente que fosse até uma casa de câmbio e efetuasse a troca de reais pela moeda desejada. Contudo, há alguns inconvenientes nessa operação.

Em primeiro lugar, está a guarda da moeda. Enquanto tiver um pequeno volume, a guarda poderia ser feita em casa. Contudo, à medida que o volume aumenta, ficaria mais difícil guardar em casa sem um cofre devido ao risco de furto. Se for Ouro ainda há a dificuldade de transporte e guarda em função do peso.

Em segundo lugar, está a diferença entre o preço pelo qual a casa de câmbio compra e vende a moeda. Chamada de spread, essa diferença pode ultrapassar os 10%. Por exemplo, suponhamos que a casa de câmbio venda um Dólar a R$ 2,30 e compre a R$ 2,20. Isso quer dizer que se o investidor comprar Dólar nessa casa, teria que esperar a cotação de compra valorizar +4,6% para vender seus dólares sem prejuízo.

Assim, para o pequeno investidor, a melhor opção para investir em moeda estrangeira seriam fundos de investimento de grandes banco, eliminando os dois inconvenientes citados acima. Larissa, então, escolheu um fundo cambial baseado em Dólar e outro baseado em Euro em seu banco de relacionamento, aplicando R$ 271,20 em cada.

Já no dia 05/05 pagou R$ 6,90 para a corretora a título de custódia e no dia 30/5 recebeu R$ 6,03 a título de rendimentos dos 9 TBOF11. Sem mais nenhuma movimentação ao longo do mês, a sua carteira assim encerrou o mês:

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A rentabilidade do mês foi de modestos +0,3%, ficando a Carteira com uma rentabilidade positiva acumulada de +3,2%.


Conclusão


Agora, a Carteira de Larissa já possui todos os ativos alvo. Contudo, a proporção de cada um ainda não está de acordo com a meta estabelecida. Isso é natural. O ajuste irá sendo feito ao longo do tempo, à medida que novos aportes sejam realizados.

O gráfico a seguir demonstra a rentabilidade de cada ativo que compõe a Carteira de Larissa:

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A perspectiva de inversão da política econômica, passando a manter ou reduzir a taxa SELIC ao invés de aumentá-la, fez com que os Títulos Públicos pré fixados (NTNB, NTNF, LTN e NTNB Principal) tivessem uma forte valorização. Com rentabilidade negativa, temos ITUB4 e Fundo Cambial Euro.

A inflação medida pelo IGPM, por sua vez, teve um ligeiro recuo de -0,1% no mês de Maio/2014. Essa deflação potencializa a rentabilidade real da Carteira:

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O total alocado na Carteira é de R$ 2.821,56. Mas desse total, 4% não é recurso aplicado por Larissa, mas decorrente do recebimento de juros e da valorização dos ativos:

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A renda passiva, proveniente dos juros, alugueis e dividendos, manteve-se estável.

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Já podemos perceber a importância de um fluxo constante de capital. No período Larissa recebeu R$ 26,76 de juros e alugueis. Esse valor equivale a 24% dos rendimentos acumulados. Será ainda potencializado à medida em que forem sendo utilizados para adquirir mais ativos. Esse é o poder dos juros compostos.


Pense nisso!

Um grande abraço e até a próxima!


Kleber Rebouças

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Comentários

  1. As informações contidas no artigo são bem interessantes. Como foi dito, é importante manter um fluxo de capital constante. Acredito que investir é ser inteligente, é saber aplicar bem o dinheiro.

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