Dicas para obter juros menores
Clique na Imagem para Ampliar
Olá pessoal!
Na última sexta-feira, dia 25/10/2013, fui contatado pela reporter Artumira Dutra, do Jornal O Povo, de Fortaleza, para comentar sobre como o cidadão pode conseguir taxas de juro menores. A reportagem foi publica no jornal de segunda-feira, 28/10/2013 e você pode conferir a seguir.
Dicas para obter juros menores
Informação e pesquisa são as principais armas para quem busca juros baixos. Cliente também tem mais credibilidade se nunca tiver tido restrição financeira. Especialistas ouvidos pelo O POVO mostram como conseguir taxas menores
Não existe mágica. Quanto mais garantias a modalidade de crédito tiver menor juro o cliente vai pagar. É por isso que os menores juros estão nos financiamentos de veículo, financiamentos habitacionais e empréstimos consignados. Nos dois primeiros casos os bens reduzem a taxa de risco embutida no negócio e no último, o salário dá a certeza de que o contrato será honrado. Além disso, os clientes obtêm juros mais baixos quando preenchem positivamente os critérios de avaliação das instituições financeiras. Especialistas ouvidos pelo O POVO ensinam que informação e pesquisa são as principais armas que se deve usar na hora de procurar e obter o crédito mais barato.
Na análise de crédito os bancos levam em consideração se a pessoa tem emprego, renda, comprometido com dívidas. O cliente que tem mais de 30% da renda comprometida costuma ser visto como de alto risco. O relacionamento com o banco (tempo de conta, aplicações, contas em débito automático, seguros etc) e o histórico de pagamentos -se deu cheque sem fundos, se costuma atrasar ou quitar antecipado - também contam.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que a primeira dica para obter um crédito com juro baixo é não estar inadimplente. Lembra que tem instituição que não empresta de jeito nenhum para quem está nessa situação e os que oferecem cobram juros. “Quem está negativado deve se regularizar para garantir acesso ao crédito em condições melhores”. Destaca que as pessoas devem pesquisar os menores juros no site do Banco Central e fazer a portabilidade financeira se o banco com o qual ele trabalhar não oferecer um juro menor. Para ele, é fundamental saber escolher a modalidade certa para a ocasião.
O consultor financeiro pessoal Kleber Rebouças reforça que a taxa de juro cobrada está relacionada ao risco que a instituição que empresta assume. “O fato é que quanto mais fácil o crédito mais caro ele é. Quanto menos garantia há para recebimento da quantia, mais caro”, completa, considerando que é o comportamento do tomador de crédito que definirá quanto ele pagará de juro. “E por comportamento temos que entender desde o controle dos gastos até a disposição de pesquisar taxas atrativas”.
Rebouças, que também é autor do site Rico Dinheiro, ensina que para pagar menos juros, é preciso colocar as contas sob controle e deixar de lado o consumo por impulso. “Via de regra, financeiras possuem taxas mais elevadas que bancos”.
Para Rabi, as três piores situações são: crédito para negativado, empréstimo no rotativo do cartão de crédito e cheque especial. Enfatiza que para cada necessidade existe a linha de crédito mais adequada. Ele também destaca que os mais baratos são financiamentos de veículos, cujo juros chegam a zero em alguns modelos e promoções, financiamentos habitacionais porque têm o imóvel como garantia e o empréstimo consignado, que é descontado na fonte.
Para ler a reportagem direto o site do Jornal O Povo:http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2013/10/28/noticiasjornaleconomia,3153823/dicas-para-obter-juros-menores.shtml
Além da reportagem
A seguir, confira o texto completo que enviei para a reporter:
"Prezada Artumira,
São ofertadas diversas linhas de financiamento por diversas empresas aos cidadãos. A taxa de juro cobrada em cada linha está relacionada ao risco que a instituição que empresta o recurso assume.
O fato é que quanto mais "fácil" o crédito mais caro ele é. Quanto menos garantia há para recebimento da quantia pela instituição que empresta, mais caro é o crédito.
O comportamento do tomador de crédito é o principal fator que definirá quanto ele pagará de juro. E por comportamento temos que entender desde o controle de seus gastos até a disposição de pesquisar taxas mais atrativas.
Quando uma pessoa perde o controle dos gastos, pode desesperar-se e, à medida que precisa tomar dinheiro emprestado de forma mais apressada e urgente pode acabar aceitando pagar taxas maiores e com isso entrar no "vermelho" no cartão ou cheque especial, as piores linhas de financiamento disponíveis hoje.
Para pagar menos juro, é preciso colocar as contas sobre controle e deixar de lado o consumo por impulso. É importante também pesquisar as taxas entre as diversas instituições e linhas de crédito disponíveis. Via de regra, financeiras possuem taxas mais elevadas que bancos.
Outra coisa que pode ajudar é, uma vez identificada instituição mais vantajosa, concentrar a aquisição de produtos financeiros nesta instituição. Geralmente são concedidos descontos nas taxas de juro para clientes que possuem uma maior quantidade de produtos. Mas o alerta aqui é ter muito cuidado para que o custo destes produtos não terminem por corroer uma possível vantagem do cidadão.
Uma novidade recente, que tem sido anunciada como a redenção dos bons pagadores é o Cadastro Positivo. Nesse cadastro estaria registrado, se autorizado pelo cidadão, para consulta pelas instituições financeiras, o histórico de pagamentos do cidadão. Em tese, se o cidadão estiver no cadastro significará que é bom pagador e, com isso, a instituição poderia oferecer taxas menores de juro.
Historicamente, a linha de financiamento com a menor taxa de juro é a do financiamento imobiliário. Isso porque há um bem que garante o pagamento do empréstimo. Se este não for pago, o bem pode ir a leilão para que o empréstimo seja quitado.
Em seguida viria o consignado, cujo garantia de pagamento do empréstimo é o desconto na Folha de Pagamento, antes do salário ser pago ao trabalhador. Os vilões são, sem dúvida alguma, o cheque especial e o rotativo dos cartões de crédito, sendo que este último pode chegar uma taxa de mais de 500% ao ano.
Por incrível que pareça, quem está negativado pode conseguir taxas de juro mais interessante para REFINANCIAR o que deve (provavelmente não conseguirá nenhuma linha nova). Veja, se eu sou uma instituição financeira, tenho um devedor com um saldo a pagar elevador e aumentando, de nada adianta eu pressioná-lo cobrando cada vez mais caro. A tendência é que continue não pagando. Contudo, se alivio um pouco a pressão sobre ele, pode ser que ainda consiga recuperar pelo menos parte do valor emprestado.
Espero que tenha contribuído."
Conclusão
O dinheiro é uma mercadoria como outra qualquer. O seu preço dependerá da relação entre demanda e oferta. O preço do dinheiro é o juro. A coisa é bem simples.
Algumas pessoas gastam menos do que ganham: são os poupadores.
Outras gastam mais do que ganham: são os tomadores.
Para facilitar o encontro dos poupadores (que possuem recursos sobrando, portanto podem emprestar a quem precisa de mais recursos) com os tomadores (que carecem de recursos para "fechar as contas", portanto precisam tomar emprestado) temos as instituições financeiras: bancos e financeiras.
Os poupadores vão até as instituições financeiras e ofertam seus recursos excedentes pactuando uma determinada taxa de juro e tempo. As instituições financeiras acumulam recursos de diversos poupadores.
Os tomadores vão até as instituições financeiras em busca de recursos. Tomam, então, recursos emprestados das instituições por uma taxa, obviamente, superior a que a instituição pactou com os poupadores.
Como no Brasil o consumo é sustentado pelo crédito, não temos um histórico de sermos uma população poupadora (diferentemente dos países Orientais, por exemplo) a taxa de juro tende a se elevar.
Claro que há outros fatores envolvidos. Mas o básico é isso. Se as pessoas não se endividassem tanto, recorreriam menos a empréstimos. Tendo poucas pessoas para emprestar, as instituições seriam forçadas a reduzir o spread (diferença entre a taxa pela qual tomam recursos emprestado e pela qual emprestam) reduzindo, como consequencia a taxa de juro.
Simples assim.
E vamos que vamos!
Um grande abraço e até a próxima!
Kleber Rebouças
Rico Dinheiro: Curta e Compartilhe Educação Financeira!
Ótimo post!
ResponderExcluirÉ isto aí, quem quer economizar tem mais é que pechinchar e correr atrás da menor taxa possível.
O ideal mesmo é receber juros e não pagar juros. Isto é o que todo especialista costuma dizer, ou seja, se a pessoa puder acumular o dinheiro e comprar o bem à vista com desconto, é muito melhor.
Abraço.
Pois é Vilma! A inércia das pessoas acaba por redundar em maiores custos. Não só em relação aos juros mas também em relação a pagar mais caro por produtos e/ou serviços.
ExcluirAbraços e continue acompanhando o blog e comentando!