Carteira de Investimentos - Maio 2013
Olá pessoal!
Marasmo total durante o mês de maio. Ou quase! Os indicadores vinham praticamente andando de lado até que, no dia 29, Banco Central eleva a meta da SELIC e a economia americana dá sinais de recuperação mais forte. Resultado: estrangeiros resolvem repatriar capital provocando a disparada do Dólar e derrubando o IBOV.
Os objetivos deste post são:
Marasmo total durante o mês de maio. Ou quase! Os indicadores vinham praticamente andando de lado até que, no dia 29, Banco Central eleva a meta da SELIC e a economia americana dá sinais de recuperação mais forte. Resultado: estrangeiros resolvem repatriar capital provocando a disparada do Dólar e derrubando o IBOV.
Os objetivos deste post são:
- Demonstrar como acompanhar a rentabilidade de uma carteira de investimentos;
- Demonstrar como comparar a rentabilidade de uma carteira de investimentos com outros indicadores;
- Comentar as principais variações na carteira;
- Comentar as principais expectativas para os períodos futuros.
ATENÇÃO
O artigo a seguir foi escrito para fins meramente educacionais. Apesar de basear-se em fatos reais não se trata, em nenhuma hipótese, em recomendação de investimento. Os ativos citados no texto, bem como as rentabilidades apresentadas, são decorrentes de ativos nos quais o autor investe e de suas variações de preço conforme situação específica da carteira de investimentos do autor. Decisões de investimento baseadas nas informações apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de quem assim o fizer, não sendo o autor responsável pelas consequencias destas decisões.
Maio de 2013
Sabe aquele time que enfrenta uma partida contra um adversário difícil, sai atrás no placar, se esforça horrores para arrancar o empate mas nos últimos minutos do segundo tempo não aguenta mais a pressão e toma uma goleada? Pois bem, podemos usar essa metáfora para descrever o comportamento do IBOV durante o mês de maio de 2013.
A última semana do mês de maio foi totalmente atípica para o mercado mobiliário no Brasil em função do feriado Memorial Day (27) nos Estados Unidos e Corpus Christi (30) no Brasil.
Os feriados contribuíram para um volume de negociação 10% inferior à media das últimas 30 semanas (R$ 22,11 bilhões contra 24,58 bilhões). Para quem ainda não entendeu porque o um feriado americano afeta os negócios no Brasil veja a explicação na seção Dólar apresentando variação negativa do Post referente a abril.
Além dos feriados, ao apagar das luzes" do mês, duas notícias impactaram negativamente o IBOV: a) economia americana dando sinais de que poderá acelerar sua recuperação e b) elevação da meta SELIC pelo Banco Central do Brasil. Como que esses dois fatores impactam o IBOV?
Primeiro as questões internas: se a remuneração do investimento tido como mais seguro (Títulos Públicos) no país se elevou (aumento da SELIC de 7,5% a.a. para 8% a.a. - surpreendendo o mercado que esperava um aumento de 0,25 p.p.) a tendência é que os investidores se desfaçam de suas posições mais arriscadas (ações) e aportem um maior capital em Títulos Públicos. Se muita gente pensa assim (não de forma tão racional, óbvio) gera uma pressão vendedora. Se eu tenho mais vendedores e menos compradores o que acontecem com os preços? Caem!
Do lado de lá: se você fosse americano e tivesse, no momento da crise em 2008, retirado seu capital do seu país de origem e aplicado em um país no exterior e, agora, você percebesse que a economia do seu país está retomando o crescimento, o que você faria? Bingo! Traria de volta seu Rico Dinheiro para junto de você. Como você comprou ações no Brasil agora você o que? Bingo! Vender! Então se junta com outros milhares de brasileiros vendendo para aproveitar a alta dos juros e então o que ocorre?
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. então vejamos:
Muita venda de ações (especialmente de setores da economia que possuem uma correlação negativa com a taxa de juro: construtoras, varejo...) e muita compra de dólares.
Já os fundos imobiliários, que se mostraram numa certa inércia durante o mês, vivem um paradoxo.
Primeiro, são prejudicados em razão da elevação da meta SELIC. Essa nova taxa de referência torna o Dividend Yeld (aluguel distribuído / preço da cota) de muitos FII pouco atrativos. isso imediatamente. Porém, num médio prazo, como a maior parte dos contratos de locação são indexados ao IGP-M e este, por sua vez, sofre uma grande influência da valorização do dólar, fica a expectativa de melhores rendimentos no médio prazo.
Então, vendo ou mantenho FII? Não sei. O que posso dizer que EU manterei a minha estratégia de Alocação de Ativos.
A última semana do mês de maio foi totalmente atípica para o mercado mobiliário no Brasil em função do feriado Memorial Day (27) nos Estados Unidos e Corpus Christi (30) no Brasil.
Os feriados contribuíram para um volume de negociação 10% inferior à media das últimas 30 semanas (R$ 22,11 bilhões contra 24,58 bilhões). Para quem ainda não entendeu porque o um feriado americano afeta os negócios no Brasil veja a explicação na seção Dólar apresentando variação negativa do Post referente a abril.
Além dos feriados, ao apagar das luzes" do mês, duas notícias impactaram negativamente o IBOV: a) economia americana dando sinais de que poderá acelerar sua recuperação e b) elevação da meta SELIC pelo Banco Central do Brasil. Como que esses dois fatores impactam o IBOV?
Primeiro as questões internas: se a remuneração do investimento tido como mais seguro (Títulos Públicos) no país se elevou (aumento da SELIC de 7,5% a.a. para 8% a.a. - surpreendendo o mercado que esperava um aumento de 0,25 p.p.) a tendência é que os investidores se desfaçam de suas posições mais arriscadas (ações) e aportem um maior capital em Títulos Públicos. Se muita gente pensa assim (não de forma tão racional, óbvio) gera uma pressão vendedora. Se eu tenho mais vendedores e menos compradores o que acontecem com os preços? Caem!
Do lado de lá: se você fosse americano e tivesse, no momento da crise em 2008, retirado seu capital do seu país de origem e aplicado em um país no exterior e, agora, você percebesse que a economia do seu país está retomando o crescimento, o que você faria? Bingo! Traria de volta seu Rico Dinheiro para junto de você. Como você comprou ações no Brasil agora você o que? Bingo! Vender! Então se junta com outros milhares de brasileiros vendendo para aproveitar a alta dos juros e então o que ocorre?
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. então vejamos:
Muita venda de ações (especialmente de setores da economia que possuem uma correlação negativa com a taxa de juro: construtoras, varejo...) e muita compra de dólares.
Já os fundos imobiliários, que se mostraram numa certa inércia durante o mês, vivem um paradoxo.
Primeiro, são prejudicados em razão da elevação da meta SELIC. Essa nova taxa de referência torna o Dividend Yeld (aluguel distribuído / preço da cota) de muitos FII pouco atrativos. isso imediatamente. Porém, num médio prazo, como a maior parte dos contratos de locação são indexados ao IGP-M e este, por sua vez, sofre uma grande influência da valorização do dólar, fica a expectativa de melhores rendimentos no médio prazo.
Então, vendo ou mantenho FII? Não sei. O que posso dizer que EU manterei a minha estratégia de Alocação de Ativos.
Rentabilidade da Carteira nos últimos 12 meses
Este teria sido um mês excelente para a Carteira caso os dias 28, 29 e 31 não tivessem existido! A rentabilidade acumulada até o dia 27 estava em +1,1% superando o IBOV que acumulava +0,9%.
Com a virada de maré do mercado, terminamos o mês com desempenho negativo de -1,1% enquanto o IBOV amargou queda de -4,3%. Continuamos superando o IBOV em 8 dos 12 meses.
O pior resultado do IBOV foi -4,3% (maio.2013 - coincidência ou não veja no Post referente a abril que antes o pior mês do IBOV era maio.2012) e da Carteira foi -1,9% (fevereiro.2013 - anteriormente era maio.2012). Já o melhor resultado o IBOV foi +6,1% (dezembro.2012) e da Carteira foi +4,7% (julho.2012).
Já alertamos que a comparação direta entre a Carteira e o IBOV não é tecnicamente a mais adequada. Criei um índice ponderado para fazer um acompanhamento mais preciso. Atualmente está em fase de testes. Assim que estiver perfeito divulgarei.
Vejamos agora o resultado acumulado dos últimos 12 meses, acumulado do ano e do último mês:
Com a virada de maré do mercado, terminamos o mês com desempenho negativo de -1,1% enquanto o IBOV amargou queda de -4,3%. Continuamos superando o IBOV em 8 dos 12 meses.
O pior resultado do IBOV foi -4,3% (maio.2013 - coincidência ou não veja no Post referente a abril que antes o pior mês do IBOV era maio.2012) e da Carteira foi -1,9% (fevereiro.2013 - anteriormente era maio.2012). Já o melhor resultado o IBOV foi +6,1% (dezembro.2012) e da Carteira foi +4,7% (julho.2012).
Já alertamos que a comparação direta entre a Carteira e o IBOV não é tecnicamente a mais adequada. Criei um índice ponderado para fazer um acompanhamento mais preciso. Atualmente está em fase de testes. Assim que estiver perfeito divulgarei.
Vejamos agora o resultado acumulado dos últimos 12 meses, acumulado do ano e do último mês:
Com índice oficial de inflação (IPCA) não dando trégua e o cenário de curto prazo para investimentos em Renda Variável não dando sinais de calmaria, ainda estamos com a rentabilização do patrimônio inferior a inflação acumulada dos últimos 12 meses. Mas vamos que vamos!
Evolução da Carteira
Quatro meses de desvalorização da Carteira. Esse mês optei por não reduzir a participação dos ETFs MILA11 e SMAL11 em razão de ter investido "dinheiro novo".
Na classe Ações adquiri OIBR4, BRPR3, PSSA3 e HBOR3. Já na classe FII adquirir RDES11, FLMA11, BRCR11 e VRTA11. Já na Classe Renda Fixa aumentei o portfólio com NTNB 150850, NTNF 010123, NTNB Principal 150535, LTN 010117 e LFT 070317.
Para completar a diversificação que tenho como meta, ainda deverei adquirir mais um ativo na classe Ações, três na classe FII e um na classe Câmbio.
Com a criação do índice ponderado para acompanhar minha carteira, passarei a revisar mensalmente a ponderação de recursos em cada classe. O peso variará na proporção inversa da valorização de cada classe sendo que a classe Renda Fixa absorverá ao percentual faltante para completar 100%.
Assim, sempre que uma classe se valorizar num determinado mês, reduzirei a exposição a essa classe. Se houver desvalorização, aumentarei a exposição. Não espero realizar modificações constantes na carteira. O objetivo é migrar recursos de classes que tiveram valorização para outras que sofreram desvalorização aumentando o potencial de retorno. Assim, a meta de Alocação de Ativos para o mês de junho.2013 será:
Banpara TÉCNICO BANCÁRIO |
O que esperamos
ATENÇÃO: O texto a seguir foi escrito em 01/06/2013 e representa a minha visão nesse dia. Como precisei esperar a divulgação do IPCA de Maio para atualizar alguns dados antes de publicar este Post e dado a dinamicidade do mercado, pode ser que na data de publicação a análise precise ser revista. De qualquer forma, como objetivo primordial do Rico Dinheiro é compartilhar Educação Financeira, você ainda pode se utilizar desta seção para aprender mediante análise do gráfico e informações apresentados.
O IBOV não conseguiu sustentar um canal de alta com as perdas das quatro últimas seções. O baixo volume ajudou a intensificar a queda está acumulada em -5,1% nos últimos quatro pregões.
É possível que tenhamos um repique nas próximas cessões com os investidores voltando às compras para aproveitar a "liquidação" decorrente das fortes baixas. Contudo temos uma forte resistência por volta de 56,5 mil pontos com o índice já tentando rompê-la por quatro vezes consecutivas sem sucesso. E mesmo que consiga rompê-la ainda terá outro teste de fogo logo em seguida, aos 57,6 mil pontos.
É preciso muita atenção a perda dos 52,4 mil pontos que poderá provocar uma maré de pessimismo fazendo o índice despencar para 49,3 mil, quiçá 47,6 mil pontos.
E vamos que vamos!
Um grande abraço e até a próxima!
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