Planejamento Financeiro Pessoal - Considerações Iniciais


Planejamento Financeiro Pessoal


Olá pessoal!

No que se refere a Planejamento Financeiro Pessoal, a maior dificuldade parece ser como começar.

Agora chegou a hora de lhe ajudar com uma nova série de Post sobre o tema. O objetivo será apresentar o "caminho das pedras" para que você possa iniciar e por em prática seu planejamento de forma rápida e simples.

Mas, antes, precisamos esclarecer alguns pontos:

1) Os resultados dependem de você!

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Vamos apresentar o "como fazer" e o "porque fazer". Disponibilizaremos modelos e planilhas para que ponha em prática o que formos ensinando. Mas se frutos serão colhidos só depende de uma pessoa: VOCÊ!

É VOCÊ quem terá que preencher suas planilhas! É VOCÊ quem terá que guardar seus comprovantes de compras! É VOCÊ que terá que dedicar alguns minutos ao assunto! É VOCÊ que terá que se organizar para superar seus desafios!

O bom disso é que É VOCÊ quem receberá a recompensa por cuidar bem de suas finanças!

2) Planejar é a primeira etapa, depois é preciso agir!

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Lembra da frase de Peter Drucker sobre Planejamento? Se não, vale a pena ler novamente.

O planejamento não é algo para ficar esquecido no papel. É um instrumento que serve para analisar uma situação e propor alternativas para chegar a um determinado objetivo. Portanto, depois de planejar, MOVA-SE! Coloque as ações em práticas porque as coisas não acontecem se cruzarmos os braços e esperarmos.

3) É preciso um mínimo de dedicação!

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Você precisará dedicar, pelo menos, alguns minutos a esse assunto. Será muito tempo? Talvez mais do que deseje no início mas, depois de algum tempo se dedicando, aprendendo e treinando, garanto que você não precisará dedicar mais do que uma hora por semana para atualizar seus dados e planejar seus próximos passos.

Se desejar fazer algo mais elaborado, como se dedicar um pouco mais aos investimentos, mais uma hora semanal será necessária.

Mas se você se apaixonar pelo assunto ao perceber os benefícios que obterá, aí não tem limites. Você mesmo desejará dedicar mais tempo em leituras, estudos e análises. Mas não se preocupe, isso se tornará tão automático que nem perceberá o tempo passando.

4) Absorva os conceitos!

Você poderá utilizar os modelos que serão apresentados de forma mecânica, sem refletir sobre o que está fazendo. Porém, é altamente recomendado que sempre associe a prática à teoria. Melhor: Entenda muito bem os conceitos que serão aproveitados e utilize-os da melhor forma possível durante a prática.

Assim, estará absorvendo um conhecimento que, futuramente, será muito útil para ampliar seu entendimento desse multiverso que são as Finanças.

5) Defina metas principais e metas intermediárias!

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É fundamental sabermos onde queremos chegar e se estamos conseguindo chegar lá. E, para isso, nada melhor do que estabelecer metas. Importa menos a qualificação da meta do que tê-las.

Quando uma meta for muito distante, longa ou representar um valor muito significativo é melhor ainda que seja dividida em metas intermediárias. Só assim poderemos rever o nosso plano e tomar decisões de mudança no sentido de alcançá-las.

Obviamente, eventualmente, uma meta pode ser alterada. Mas não caia na armadilha de modificar a meta na primeira dificuldade tornando-a mais fácil de ser alcançada. Agindo assim estará iludindo a si mesmo e a tendência é que se desmotive e desista do seu objetivo maior.

Crie metas S.M.A.R.T.:

S - (Specific) - Especifique bem seu objetivo na redação da meta.
M - (Measurable) - Estabeleça metas que possa medir.
A - (Attainable) - Se atenha a metas que possa atingir.
R - (Realistic) - Seja realista.
T - (Time-bound) - Defina um período de tempo para alcançá-la.

6) Comemore!

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Para cada meta atingida, COMEMORE!

Comemorar é fundamental para que sinta feliz e para que tenha a sensação de que o esforço valeu a pena. Afinal, o dinheiro não é um fim em si mesmo. É apenas o meio de troca.

Mas cuidado! Os mimos que você deverá se dar não podem ser incompatíveis com a meta atingida.

Por exemplo, vamos imaginar que sua meta fosse Cortar R$ 100 das despesas mensais em 6 meses. Então, depois de rever suas despesas, em três meses consegue atingir sua meta. É hora de comemorar. Então, vai até um Shopping Center e decide, finalmente, comprar seu iPhone 5 em 12 parcelas de R$ 166,00.

Consegue perceber o equívoco? Sempre mantenha a coerência!

Você e o Dinheiro


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A forma de lidar com o dinheiro é diferente de pessoa para pessoa. Essa relação (muitas vezes de amor e ódio) depende de diversos fatores. Em especial fatores sócio-culturais.

O dinheiro, em si, não vale nada! Ele é apenas um meio de facilitar troca entre as pessoas.

Oscar Wilde (1.854 - †1.900), escritor irlandês, já afirmava: “Vivemos em uma época onde sabemos o preço de tudo e o valor de nada!”. Essa afirmação não poderia ser mais atual, não é? Preço e valor são conceitos muito diferentes! De forma simples: preço é o que se paga e valor o que se leva.

PREÇO é quanto você precisa desenbolsar para adquirir o produto ou serviço. VALOR é individual e depende do grau de adequação do produto ou serviço a sua necessidade.

Num lugar onde as antenas de telefonia celular ainda não chegaram, qual seria o valor de um iPhone? ZERO! Não serviria para nada! E seu preço? Os mesmos R$ 1.992,00.

Portanto, precisamos saber distinguir o que é PREÇO e o que é VALOR.

A mentalidade do rico e do pobre


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Será que o rico e o pobre também encaram o dinheiro da mesma forma? Claro que não! E não se trata da quantidade de dinheiro, mas da relação e aplicação dos recursos.

Robert Kyiosaki em seu livro Pai Rico, Pai Pobre, esclarece de forma simples essa diferença: ricos compram ATIVOS, pobres compram PASSIVOS. ATIVO é tudo aquilo que, de alguma forma, te dá rendimentos. PASSIVO é tudo aquilo que consome recursos*. O rico, antes de adquirir PASSIVOS certifica-se de que possui ATIVOS suficientes. E assim perpetua um círculo virtuoso.

Um mesmo objeto pode ser um ATIVO ou um PASSIVO. Depende de como é utilizado. Por exemplo, um carro para um motorista de táxi é um ativo pois é utilizado para gerar renda. Da mesma forma, também é ativo para um vendedor externo porque agiliza a locomação e, em tese, permitiria fechar uma maior quantidade de vendas. Já para o empregado comum, que utiliza o veículo para ir ao trabalho e lazer, é um passivo pois apenas consume recursos com manutenção, combustível e depreciação.

Outro exemplo é imóvel. Está enraizado na cultura do brasileiro que o imóvel para moradia é um investimento, um ativo. Lêdo engano! O imóvel para moradia, seguindo esta linha de pensamento, é um PASSIVO pois não gera renda ao proprietário, diferentemente do imóvel que é alugado que gera renda ao proprietário.

Entendo que, num primeiro momento, é difícil compreender a importância desses conceitos. Mas ter consciência da forma como ser relaciona com o dinheiro é fundamental para compreender sua situação financeira e agir para muda-lá.

* Atenção: Como o próprio autor cita em seu livro, os conceitos aqui apresentados como ATIVO e PASSIVO não são os conceitos contábeis. É uma derivação muito simplificada do que eles realmente significam para a contabilidade.



Faça o dinheiro trabalhar para você


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O que é ser rico para você? Quanto você precisar ter para se considerar rico? R$ 100 mil? R$ 1 milhão? R$ 10 milhões? Qual é o seu número?

Para mim, ser rico é ter liberdade! É poder ter suas necessidades básicas atendidas e ter tempo livre suficiente para fazer as coisas que gosta. É, financeiramente falando, ter renda passiva suficiente de forma que não precise trabalhar exaustivamente para se manter.

Portanto, não depende de quanto você tem. Mas de ganhar, sem trabalhar, uma renda suficiente para cobrir suas despesas.

E como fazemos isso? Com certeza não é com mágica! Mas, ao invés de comprarmos PASSIVOS, passarmos a comprar ATIVOS. Simples assim! Uma questão de CUSTO DE OPORTUNIDADE.

Ao comprar ATIVOS você estará adiando um prazer imediato para garantir uma renda futura, estará fazendo seu dinheiro trabalhar para você!

Entenda que não se trata de abdicar de todo e qualquer prazer para apenas guardar dinheiro. Não se trata disso! Mas de se equilibrar financeiramente.

Próximos passos


Planejamento Financeiro Pessoal


Agora é hora de colocar a mão na massa! A partir do próximo Post desta série estaremos mostrando de forma prática como fazer o seu Planejamento Financeiro. Ao mesmo tempo que abordaremos conceitos, criaremos uma planilha que servirá para sua utilização diária fazendo com que você possa colocar sua situação financeira nos trilhos.

Não deixe de fazer perguntas! Na medida do possível responderemos às dúvidas e, caso seja uma dúvida comum, poderemos ter Post exclusivo para respondê-la!

Vamos lá!

Um grande abraço e até a próxima!

Kleber Rebouças


Próximo: Planejamento Financeiro Pessoal - O Orçamento

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Comentários

  1. Parabéns pelo site. Muito bom.

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    1. Obrigado. Continue acompanhando as novidades.

      Aproveite para Curtir e Compartilhar Educação Financeira.

      Grande abraço!

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